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Café Brasileiro: Lucro para poucos, preço alto para muitos

No fim, quem paga a conta são os milhões de brasileiros que, enquanto o agro exporta e lucra, sofrem com a alta do preço do café no mercado interno.

Por Eduardo Rodrigues
02/02/2025 01h58 - Atualizado há 4 meses
Café Brasileiro: Lucro para poucos, preço alto para muitos
Foto: Divulgação

Em 2024, o agronegócio brasileiro alcançou uma impressionante marca de R$ 75 bilhões em exportações de café. Entretanto, enquanto os números nas exportações brilham, a realidade para o consumidor brasileiro é bem diferente. O preço do café no mercado interno subiu quase 40% no mesmo ano, refletindo a dura realidade de uma economia que favorece poucos e penaliza muitos.

 

É um ciclo que se repete: o agro, com seu gigantesco poder de influência, exporta o que é produzido aqui e garante seu lucro. Os exportadores garantem o que há de melhor para os mercados internacionais, enquanto os produtos que sobram – e muitas vezes em qualidade inferior – ficam para o consumo interno. O que se vê é uma distorção entre a produção nacional e o consumo local, com uma enorme disparidade de preços que prejudica diretamente o bolso do brasileiro.

 

A lógica é simples, porém perversa: o que importa é o lucro das grandes corporações e exportadoras. Para elas, vender para o exterior é sempre mais vantajoso, onde o preço pago é bem mais alto do que o que seria obtido no mercado interno. O impacto disso é direto na mesa dos brasileiros, que se veem cada vez mais obrigados a pagar preços exorbitantes por um produto que é, no fim das contas, produzido em seu próprio país. Em vez de priorizar a oferta interna e manter o preço ível, o foco é o mercado externo.

 

Não é difícil entender os resultados dessa equação. Para uma minoria de exportadores e grandes produtores do agro, os números são impressionantes. Mas, enquanto eles lucram bilhões, os cidadãos brasileiros ficam com a conta.

 

A desigualdade entre o que é produzido e o que é consumido no Brasil é alarmante, e o impacto nos preços de alimentos e produtos básicos não pode mais ser ignorado. O preço do café, tão tradicionalmente associado ao cotidiano do brasileiro, serve como um símbolo de uma política agrária que favorece uma elite e deixa o resto da população à mercê dos altos custos.

 

A questão mais grave é que isso não se aplica apenas ao café, mas a diversos outros produtos essenciais. O agro brasileiro, em sua busca incessante por lucros com exportação, vai empurrando o país cada vez mais para uma situação de dependência de preços externos, em detrimento do que é consumido no mercado interno. O resultado? Milhões de brasileiros enfrentando a alta dos preços e a escassez de produtos básicos, enquanto os lucros de uma pequena elite continuam a crescer.

 

É urgente que se repense a política agrícola e os interesses do agronegócio brasileiro. A prioridade deveria ser garantir que a produção interna atenda à demanda do mercado nacional, oferecendo preços justos para a população e contribuindo para uma economia mais equilibrada. O que está em jogo não é apenas o custo do café no supermercado, mas a saúde de uma economia que ainda insiste em beneficiar apenas uma parte do Brasil. No fim, quem paga a conta são os milhões de brasileiros que, enquanto o agro exporta e lucra, sofrem com a alta do preço do café no mercado interno.


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