Na recente Portaria nº 11/2025, o vereador Rogério Sapão (PSD), presidente da Câmara Municipal de Jarinu – SP, autorizou o servidor Gerson Orlato, além de si mesmo, por meio da Portaria nº 12/2025, a dirigir o único veículo oficial da Câmara Municipal. Essa decisão, no mínimo controversa, levanta questões sérias sobre a gestão pública da cidade e os critérios utilizados para o uso dos recursos públicos.
.jpg)
A Câmara Municipal conta com um único veículo oficial e, surpreendentemente, um motorista concursado e contratado especificamente para essa função. A dúvida que surge imediatamente é: qual o sentido de abrir mão dos serviços de um profissional preparado e itido para essa finalidade, senão por razões que pouco fazem sentido à luz da moralidade pública?
.jpg)
A decisão de permitir que o presidente da Câmara e um servidor sem a devida qualificação para a função, e que não foi contratado para esse tipo de serviço, utilizem o veículo oficial, é, no mínimo, uma afronta aos princípios de boa gestão e respeito ao interesse público. Em vez de otimizar recursos e garantir que os servidores exerçam suas funções de forma transparente e eficiente, a medida parece ser mais uma oportunidade para desviar o foco da verdadeira finalidade de um sistema público que deveria, acima de tudo, prezar pela responsabilidade e pela competência na utilização dos bens e recursos municipais.
O uso do veículo público para fins pessoais ou sem a devida justificativa coloca em risco a confiança da população na gestão pública e acende o alerta sobre possíveis desvios de conduta. Por que não priorizar o servidor concursado, que está vinculado à função de transporte oficial, e fazer uso adequado dos recursos da Câmara? A falta de explicações claras sobre a real necessidade dessa medida apenas aumenta os questionamentos e a desconfiança em torno da atuação do presidente da Câmara e de sua equipe.
Dessa forma, é urgente que os responsáveis por essa decisão forneçam explicações plausíveis para os cidadãos e apresentem os devidos esclarecimentos sobre o uso do veículo oficial e a real necessidade de tomar decisões que possam parecer, à primeira vista, arbitrárias e desnecessárias.
