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Caetité – BA lidera inovação no lixo orgânico com coleta seletiva residencial no interior do Brasil

Cooperativa de catadores inicia coleta porta a porta que deve beneficiar, inicialmente, mais de 200 famílias e surge como modelo nacional de compostagem municipal.

Redação
06/05/2025 16h59 - Atualizado há 1 mês
Caetité – BA lidera inovação no lixo orgânico com coleta seletiva residencial no interior do Brasil
Foto: Assessoria COOPERCICLI – Coleta seletiva porta a porta, de resíduos orgânicos, realizada por catadores da COOPERCICLI, iniciou neste mês, em Caetité – BA

A cooperativa de catadores COOPERCICLI, de Caetité, no semiárido baiano, inaugura, no interior brasileiro, a coleta seletiva porta a porta de resíduos orgânicos domésticos. Com apoio técnico do Instituto Pólis, a cooperativa a a realizar a compostagem dos resíduos coletados no bairro Alto do Cristo, beneficiando cerca de 200 famílias. A atividade é fundamental para reduzir o impacto ambiental do lixo gerado nas cidades.

 

Ao desviar resíduos orgânicos da disposição final inadequada e transformá-los em composto, a iniciativa contribui diretamente para a redução das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) no estado, tornando Caetité referência para políticas climáticas e de gestão de resíduos em todo o Brasil.

 

Atualmente, apenas a prefeitura de Florianópolis – SC oferece a coleta seletiva de resíduos orgânicos no Brasil para seus munícipes – no entanto, o serviço não é executado por catadores, mas por empresa pública. Outras experiências públicas apenas trabalham com resíduos não-domésticos, como de feiras livres e mercados. Além disso, há experiências pontuais de coleta seletiva de resíduos orgânicos domésticos de forma privada, onde as pessoas pagam mensalmente pelo serviço ambiental.

 

A COOPERCICLI de Caetité é reconhecida por uma atuação de mais de uma década em reciclagem e o anúncio do início do projeto de coleta seletiva porta a porta vem em meio à Semana da Compostagem, período de mobilização anual dedicada à promoção da compostagem como estratégia para a gestão de resíduos orgânicos nacional.

 

Para George Euzébio, Coordenador da COOPERCICLI, “o projeto de compostagem desenvolvido pela cooperativa de Caetité se tornou um diferencial nas suas atividades, já que ainda são poucas as cooperativas no Brasil que realizam compostagem diretamente com catadores e catadoras". “A compostagem tem um papel fundamental na agenda ambiental, pois contribui diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, trata os resíduos orgânicos, que são os que mais pesam nos custos de destinação aos aterros”, explica Euzébio.

 

A compostagem é uma das estratégias mais eficazes para a mitigação das mudanças climáticas no setor de resíduos, pois evita que a fração orgânica dos resíduos seja destinada a aterros sanitários e lixões.

 

A importância dessa iniciativa ganha ainda mais relevância diante dos dados da pesquisa global sobre ação climática, realizada pela ONU, que mostram que o Brasil lidera mundialmente o apoio à ação contra o metano: 90% dos brasileiros defendem medidas obrigatórias de separação de resíduos recicláveis, incluindo os resíduos orgânicos, e a redução do envio desses resíduos para aterros sanitários.

 

O apoio da população brasileira é o maior das Américas e empata com a Indonésia como o maior no mundo. Nesse contexto, iniciativas como a da COOPERCICLI apontam caminhos reais para o enfrentamento da crise climática, reforçando o protagonismo dos catadores e a importância de políticas públicas integradas à sociedade.

 

Participação popular e engajamento por redes sociais

A iniciativa da COOPERCICLI inclui uma campanha de educação ambiental e comunicação comunitária: catadores estão sendo capacitados para dialogar diretamente com os moradores durante as coletas e materiais gráficos como cartilhas e banners foram desenvolvidos para apoiar a educação ambiental da população. As redes sociais da cooperativa também serão utilizadas para promover informação e engajamento popular.

 

O modelo adotado por Caetité demonstra que é possível implementar soluções circulares para a gestão de resíduos orgânicos municipal em larga escala, fortalece a valorização e o protagonismo dos catadores de materiais recicláveis, desenvolve a economia local, bem como a participação da comunidade. De acordo com estudos realizados pelo Institute for Local Self-Reliance (ILSR), a compostagem gera duas vezes mais empregos do que a compostagem pública e dez vezes mais do que os aterros.

 

Segundo Paulo Trentin, sócio-fundador e responsável pela compostagem da COOPERCICLI, “este projeto é muito importante para nós catadores, pois além de proteger o meio ambiente, gera novos postos de trabalho e renda. Nosso desejo é que outras cooperativas possam também ter um projeto feito esse”.

 

Brasil Composta Cultiva leva compostagem aos municípios

O Instituto Pólis, por meio da iniciativa Brasil Composta Cultiva, tem promovido uma série de ações voltadas à gestão dos resíduos orgânicos nos municípios brasileiros. O projeto visa reduzir o envio de resíduos orgânicos urbanos para aterros e lixões, ampliar sua reciclagem, mitigar emissões de metano e gases de efeito estufa, e fortalecer iniciativas de compostagem municipal em larga escala.

 

“A compostagem realizada com catadores representa uma oportunidade estratégica para ampliar a reciclagem de resíduos orgânicos no Brasil, especialmente considerando que cerca de 90% da reciclagem de resíduos secos já é conduzida pelo trabalho dos catadores e catadoras. Ao integrá-los nesse processo, é possível promover uma transição justa na gestão de resíduos, com benefícios socioambientais relevantes”, explica Victor Argentino, coordenador de projetos da equipe de resíduos sólidos do Instituto Pólis.

 

“Além de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, a compostagem com participação ativa desses trabalhadores pode gerar de 5 a 10 vezes mais empregos do que os modelos tradicionais baseados em aterros sanitários e lixões”, completa Argentino.


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