Nunes pode ser investigado por falsa comunicação de crime após insistir que BO contra ele por violência doméstica é falso

19/07/2024 16h00 - Atualizado em 19/07/2024 às 16h00

A deputada federal Professora Luciene Cavalcante (PSOL) protocolou três pedidos de investigação contra o prefeito de São Paulo – SP, Ricardo Nunes (MDB), por falsa comunicação de crime, informa o colunista Ricardo Noblat, no portal Metrópoles. As representações baseiam-se na alegação de Nunes de que um boletim de ocorrência (BO) por ameaça feito por sua esposa, Regina Carnovale Nunes, é “forjado”.
 
Luciene solicitou investigações na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, no Ministério Público de São Paulo (MPSP) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada pede que os órgãos apurem o possível cometimento de crime pelo prefeito.
 
Ao TSE, a deputada afirma que “não restam dúvidas de que a conduta do senhor Ricardo Nunes beira a comunicação falsa de crime, pois veicula informação falsa que confunde os eleitores – com o único intuito de limpar e fortalecer sua imagem em prol da sua recandidatura – e incita desconfiança quanto às instituições democráticas do Estado, acabando por macular a lisura do processo eleitoral”.
 
Entenda o caso
Conforme os repórteres do portal Metrópoles, Alfredo Henrique e Bruno Ribeiro, a Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública paulista (SSP) confirmaram que Regina Carnovale Nunes registrou um BO contra o prefeito por ameaça em fevereiro de 2011, na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher.
 
A informação contradiz o prefeito, que afirmou em sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo e o portal UOL, na segunda-feira (15), que o BO de violência doméstica feito por sua esposa foi “forjado”. O caso já havia sido explorado na eleição de 2020, quando Nunes era candidato a vice na chapa do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), falecido em 2021.
 
“É uma irresponsabilidade trazer uma coisa dessas. A Regina já falou que não fez [o BO]. Ela contratou um advogado, que entrou com uma petição solicitando esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia dizendo que não existe esse boletim de ocorrência”, disse Nunes na sabatina.