São Paulo registrou 521 mil atendimentos por câncer de mama em 2023

14/10/2024 16h00 - Atualizado em 14/10/2024 às 16h00

A campanha Outubro Rosa busca conscientizar sobre o câncer de mama, doença que pode acometer cerca de 74 mil pessoas anualmente, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além de compartilhar informações, a iniciativa visa ampliar o o ao diagnóstico e ao tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
 
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o número de atendimentos ambulatoriais por câncer de mama aumentou nos últimos três anos: foram registrados 498.471 procedimentos em 2021, 501.984 em 2022 e 521.014 em 2023. Na comparação entre 2021 e 2023, o crescimento foi de quase 5%. Nos primeiros sete meses de 2024, já foram realizados 329 mil atendimentos.
 
"O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Ele é caracterizado pelo crescimento desordenado de células anormais na mama, formando um tumor. Embora seja mais frequente em mulheres, homens também podem ser afetados, mas de forma mais rara. Cerca de um em cada 100 casos ocorre no sexo masculino”, explica a mastologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dra. Patrícia Kajikawa. 
 
Entre os fatores de risco estão a predisposição genética e histórico familiar, além de hábitos adquiridos, como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo. Outros fatores incluem menarca precoce (antes dos 11 anos), menopausa tardia (após os 55 anos) e ausência de gravidez ou gestações a termo após os 30 anos.
 
“É fundamental que a mulher conheça bem o próprio corpo e esteja atenta a quaisquer alterações, Os principais sinais incluem nódulo endurecido, fixo e geralmente indolor, alterações no tamanho ou formato da mama, vermelhidão constante na mama, secreção inchaço ou nódulos nas axilas”, detalha a Dra. Dra. Kajikawa. 
 
A importância da detecção precoce e dos exames regulares
A detecção precoce aumenta as chances de cura do câncer de mama em mais de 90%. Mulheres diagnosticadas em estágios iniciais têm uma taxa de sobrevida em cinco anos entre 80% e 99%. Já em casos avançados com metástase, essa taxa cai para menos de 30%. secreção sanguinolenta ou cristalina pelo mamilo A mamografia, exame capaz de detectar tumores pequenos, deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos, conforme orientação médica. A realização regular pode reduzir a mortalidade em até 30%, sendo uma ferramenta essencial para o diagnóstico precoce.
 
O Hospital Japonês Santa Cruz oferece mamografia digital, que proporciona imagens de alta resolução dos tecidos mamários, possibilitando um diagnóstico mais preciso e seguro. “A mamografia digital permite maior precisão na detecção de alterações, de maneira mais rápida e menos dolorosa”, destaca a Dra. Patricia Kajikawa.
 
“A detecção precoce, por meio de exames regulares e atenção aos sinais do corpo, é fundamental para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade associada ao câncer de mama”, destaca.