É impressionante como os deputados Josimar Maranhãozinho (PL), Pastor Gil (PL) e Bosco Costa (PL) conseguiram, com total descaramento, transformar o orçamento público em moeda de troca para enriquecimento pessoal e tráfico de influência. O mais recente escândalo, com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), expõe não só um esquema criminoso envolvendo emendas parlamentares, mas também a podre estrutura que se sustenta em torno das emendas parlamentares.
Segundo a PGR, os parlamentares tentaram comercializar emendas no valor de R$ 6,67 milhões em troca de R$ 1,6 milhão, pagos ao prefeito de São José do Ribamar, no Maranhão, entre 2019 e 2020. A quantia foi, de fato, pequena para tamanha demonstração de desfaçatez. O prefeito, ao menos, demonstrou algum resquício de decência ao recusar o esquema, mas a trama, com seus tentáculos, já estava montada.
A acusação de que Josimar Maranhãozinho era o líder do grupo e coordenador da destinação de verbas sujas, com registros de cobranças por emendas destinadas a outros municípios maranhenses, revela a verdadeira face da política. Mais do que uma simples troca de favores, aqui vemos um modelo de corrupção institucionalizado que usa a fé, a confiança pública e o dinheiro dos contribuintes como se fossem mercadorias.
Este é o PL, liderado por Valdemar Costa Neto, o Boy, um nome associado a esquemas de corrupção e a manipulação de recursos públicos. Não surpreende, portanto, que os “patriotas” do PL tenham convertido a política em um verdadeiro negócio, onde a busca por lucro pessoal é sempre mais importante do que atender aos interesses da população.
No fim das contas, quem paga a conta é sempre o povo. Emendas que deveriam ser utilizadas para melhorar a vida da população são subtraídas para alimentar uma máquina de corrupção que prejudica diretamente o desenvolvimento das cidades e o bem-estar da população. Enquanto isso, as autoridades de Brasília, como sempre, ficam de braços cruzados, assistindo ao espetáculo de destruição das instituições e da ética pública.
Se restar algum tipo de moralidade no processo político, a resposta à PGR não pode ser outra senão uma investigação implacável e a punição exemplar desses indivíduos. O Brasil precisa começar a olhar mais criticamente para partidos que fazem da política um negócio lucrativo, como o PL, e exigir mais responsabilidade dos representantes eleitos, que não podem continuar a tratar a política como uma mera oportunidade para fazer caixa para seus próprios interesses.
