Em menos de quatro meses de mandato, a vereadora Quézia de Lucca (PL) já conseguiu um feito raro: transformar a Câmara Municipal de Jundiaí – SP em um verdadeiro picadeiro político, onde brigas, interrupções constantes e cenas constrangedoras tomam conta das sessões. Despreparada para a função, ela demonstra falta de maturidade, criando um ambiente tóxico entre os colegas vereadores e minando o bom andamento dos trabalhos legislativos.
O que também chama atenção é o time de bastidores que sustenta sua escalada política. Entre seus padrinhos está Adilson Rosa, ex-secretário de Obras e Infraestrutura da gestão anterior. Rosa, além de responder a acusações de calotes e irregularidades trabalhistas, ficou conhecido por seu gosto por “cargos fantasmas” – nomeações sem função real que, segundo denúncias, serviam apenas para abrigar aliados políticos em troca de favores.
E não para por aí. A vereadora se articula agora para disputar uma vaga como deputada estadual, e pretende fazê-lo ao lado de Antônio Carlos Rodrigues, ex-ministro dos Transportes preso na Operação Caixa d’Água. O escândalo revelou um esquema de corrupção milionário envolvendo o ex-governador Anthony Garotinho, escancarando o tipo de política que Quézia escolheu para trilhar.
Mesmo cercada de figuras com ados complicados – e até criminais – Quézia de Lucca tenta vender uma imagem de renovação, liberdade e ética. Mas sua atuação desorganizada no plenário e suas alianças com nomes marcados por escândalos jogam por terra qualquer discurso de moralidade.
Enquanto a vereadora segue fazendo das sessões legislativas um espetáculo amador de vaidades e conflitos, a população observa perplexa: até onde vai o teatro de Quézia – e quem mais pagará o ingresso por esse show decadente?
A reportagem procurou a vereadora e seus aliados para comentar as denúncias, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
