O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Ministério da Justiça formalize o pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL), que deixou o Brasil após ser condenada a dez anos de prisão. A decisão também notifica o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), sobre a cassação do mandato da parlamentar.
Zambelli, conhecida por sua atuação bolsonarista, foi condenada por crimes relacionados à invasão de sistemas do Poder Judiciário e por porte ilegal de arma. Após a condenação, ela deixou o país, alegando que, por possuir cidadania italiana, estaria fora do alcance da Justiça brasileira.
Além da extradição, Moraes autorizou a apreensão de bens da deputada, incluindo armas, dispositivos eletrônicos e valores em dinheiro. Também determinou a quebra de sigilo bancário de Zambelli e de outras pessoas ligadas a ela, para investigar possíveis transferências suspeitas.
A cassação do mandato de Zambelli já havia sido determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em janeiro de 2025, por disseminação de desinformação eleitoral. A decisão de Moraes reforça a perda do mandato e busca responsabilizar a deputada pelos crimes cometidos.
A situação de Zambelli evidencia a gravidade das acusações e a determinação do STF em coibir ações que atentem contra a democracia e o Estado de Direito.
