O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, nesta quarta-feira (9), da IX Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Tegucigalpa, Honduras. Na ocasião, serão discutidas pautas prioritárias do bloco, como a integração regional, o combate às mudanças climáticas e a segurança alimentar.
Aos líderes do bloco, que reúne os 33 países da América Latina e do Caribe, o Brasil vai propor uma candidatura unificada da região para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), preferencialmente de uma mulher, tendo em vista que nunca houve uma liderança feminina nessa posição. O mandato do atual secretário-geral da ONU, António Guterres, termina no ano que vem, quando deverá ser escolhida uma nova pessoa para o cargo.
“Pelo esquema de rotatividade regional, a gente entende que caberia à América Latina e ao Caribe assumir esse cargo. Então, nós estamos propondo que os países se unam para começar a trabalhar em torno de uma candidatura única, o que nos dá maior chance de fazer valer esse princípio da rotatividade”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores.
O presidente Lula também vai convidar os líderes dos países da América Latina e do Caribe para participarem da COP30, marcada para novembro deste ano, no Brasil, e para aderirem à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa proposta pelo Brasil na presidência do G20 tem como meta erradicar a fome no mundo até 2030.
Integração regional
O Brasil voltou à Celac em 2023, após ter se retirado do fórum em 2019. A iniciativa demonstra como a integração regional voltou a ser uma prioridade com o governo Lula, de acordo com a embaixadora Gisela Padovan. “A participação do presidente é um claro sinal da prioridade que sempre foi dada pelo presidente Lula e pelo Brasil à integração. O primeiro ato de política externa do presidente Lula foi retornar à Celac”.
Os 33 países que compõem a Celac representam juntos a terceira maior economia do mundo com um PIB estimado em cerca de U$S 7 trilhões. A população total da comunidade é de aproximadamente 670 milhões de pessoas. A região é também a maior produtora de alimentos do planeta e a terceira maior em geração de energia. E com matrizes energéticas limpas com potencial para energia eólica e solar.
