{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type" : "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Popular Mais", "url": "/", "logo": "/images/1639196986Popular_Mais_02.png", "sameAs": ["https:\/\/www.facebook.com\/popularmaisbr","https:\/\/www.instagram.com\/popularmais"] }, { "@type": "BreadcrumbList", "@id": "/#Breadcrumb", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "name": "Popular Mais", "item": "/" }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "name": "Geral", "item": "/ver-noticia/1/geral" }, { "@type": "ListItem", "position": 3, "name": "Geração lança livro com o segredo que o jornalista Alex Solnik guardou por 50 anos" } ] }, { "@type" : "Website", "@id": "/noticia/22280/geracao-lanca-livro-com-o-segredo-que-o-jornalista-alex-solnik-guardou-por-50-anos#Website", "name" : "Geração lança livro com o segredo que o jornalista Alex Solnik guardou por 50 anos", "description": "Ele relembra o dia em que foi preso e os 45 dias que ou numa prisão sendo interrogado pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o maior torturador da", "image" : "https://img.cmswebsg.com.br/popularmais-br.spnoticias.com/image?src=/images/noticias/22280/05113628_Gerao_lana.jpg&w=1200&h=630&output=jpg", "url" : "/noticia/22280/geracao-lanca-livro-com-o-segredo-que-o-jornalista-alex-solnik-guardou-por-50-anos" }, { "@type": "NewsMediaOrganization", "@id": "/noticia/22280/geracao-lanca-livro-com-o-segredo-que-o-jornalista-alex-solnik-guardou-por-50-anos#NewsMediaOrganization", "name": "Popular Mais", "alternateName": "Popular Mais", "url": "/", "logo": "/images/ck/files/600x600.jpg", "sameAs": ["https:\/\/www.facebook.com\/popularmaisbr","https:\/\/www.instagram.com\/popularmais"] }, { "@type": "NewsArticle", "@id": "/noticia/22280/geracao-lanca-livro-com-o-segredo-que-o-jornalista-alex-solnik-guardou-por-50-anos#NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/22280/geracao-lanca-livro-com-o-segredo-que-o-jornalista-alex-solnik-guardou-por-50-anos" }, "headline": "Geração lança livro com o segredo que o jornalista Alex Solnik guardou por 50 anos", "description": "Ele relembra o dia em que foi preso e os 45 dias que ou numa prisão sendo interrogado pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o maior torturador da", "image": ["https://img.cmswebsg.com.br/popularmais-br.spnoticias.com/image?src=/images/noticias/22280/05113628_Gerao_lana.jpg&w=1200&h=630&output=jpg"], "datePublished": "2024-11-05T13:26:15", "dateModified": "2024-11-05T13:26:15", "author": { "@type": "Person", "name": "POPULAR MAIS", "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Popular Mais", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/images/ck/files/600x600.jpg", "width": 600, "height": 600 } } } ] }

Geração lança livro com o segredo que o jornalista Alex Solnik guardou por 50 anos

Ele relembra o dia em que foi preso e os 45 dias que ou numa prisão sendo interrogado pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o maior torturador da ditadura militar brasileira.

Redação
05/11/2024 13h26 - Atualizado em 05/11/2024 às 13h26
Geração lança livro com o segredo que o jornalista Alex Solnik guardou por 50 anos
Foto: Jornalista Alex Solnik
O dia em que conheci Brilhante Ustra, de Alexandre Solnik (Ed. Geração, 160 p., 2024, impresso R$ 59,90, e-book R$ 38,90), relata a prisão do autor, no dia 4 de setembro de 1973, seu encarceramento por 45 dias e sua soltura, sem nenhuma explicação, depois desse período em que viveu os horrores de testemunhar violências e torturas contra presos políticos.
 
O Brasil vivia uma ditadura militar, com enfrentamento entre grupos de luta armada e o governo, que recorreu à repressão, inclusive por grupos clandestinos, prisões ilegais, tortura e morte de pessoas, muitas delas inocentes.
 
Foi o caso de Alexandre Solnik: foi confundido com um militante de um desses grupos e preso. Ele relata sua rotina na prisão, em um diário, dia após dia. Fala de sua convivência com um colega de cela que é barbaramente torturado, quase todos os dias. Descreve seus medos, terrores e sensações. Relembra fatos de sua vida e dos membros de sua família, imigrantes ucranianos.
 
O relato é muito pungente. Não obstante toda a violência, há pequenos respiros no texto, entremeado por brevíssimos e inusitados trechos de humor, digressões e poesia. Essa última lhe empresta beleza única, sobretudo quando é amarga, triste ou desesperada. Já as digressões são marcantes e, entretanto, não abandonam a narrativa corrente, ou seja, são espaços encontrados que podem fazer uma curva ou outra, sem nunca se desviar do caminho principal.
 
O relato em primeira pessoa dá uma vida extraordinária ao livro, mesmo quando os fatos não são vividos pelo narrador, mas por seu companheiro de cela. Engana-se quem espera uma narrativa linear. Ela ganha tons de diário jornalístico quando da leitura dos fatos ocorridos no Chile – que viveu um golpe enquanto Solnik estava preso – acompanhados pelos jornais com os quais a mãe inteligentemente embrulhava as refeições.
 
Há também os momentos de diálogo com quem lê, um convite a participar mais diretamente do livro; se toda a narrativa é construída como quem está compartilhando diretamente a sua experiência, esse trecho em especial nos “puxa” para dentro da história, usando a forma para nos levar a experimentar, de maneira profunda e comovente, o conteúdo.
 
As cenas de tortura do companheiro de cela são o auge da bestialidade. Nessa parte, o relato, muito real, tem um final extremamente eloquente, como se a pessoa torturada não fosse ninguém, nada. Impressiona também a descrição psicológica dos carcereiros e torturadores. A narrativa consegue levar o leitor para os porões da ditadura. Os torturadores, por sua vez, não são tratados como monstros. Como escreveu o Cardeal om Evaristo Arns, no prefácio de Brasil nunca mais, o torturador pode ser aquele que a a mão na cabeça do filho do vizinho na rua. Isso dá um caráter humano às entranhas sombrias que podem habitar uma pessoa imbuída de um poder quase absoluto sobre a outra.
 
Por isso, é fundamental que tenhamos atenção ininterrupta e completa sobre os meandros da natureza humana e sobre como ela pode se manifestar em sua forma mais infame quando o contexto o permite. O livro é muito bem-vindo para que essa lembrança seja uma cicatriz visível e latente em nossa memória.
 
Sobre o autor
Alex Solnik nasceu em Drohobytch, Ucrânia, em 1949. Chegou ao Brasil em 1958. Jornalista profissional desde 1974. Assinou centenas de reportagens nos principais jornais e revistas do país e escreveu vários livros, dentre os quais “O Cofre do Adhemar”, “A última batalha de Napoleão”, “A ilha socialista de D. Pedro II” e a peça de teatro “O casamento do Pau-Brasil com a foice e o martelo”.

Ficha técnica do livro

 

 

O dia em que conheci Brilhante Ustra

Autor: Alex Solnik

Gênero: Memórias; Ditadura Militar; Tortura

Formato: Brochura

Preço: R$ 59,90 impresso; 39,90 e-book

Págs.: 160

ISBN: 9786588439159


Tags »
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp