O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) ultraou os limites do decoro parlamentar ao incitar ações no exterior contra o Brasil e contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), numa clara tentativa de atacar a democracia brasileira e enfraquecer as instituições que garantem a soberania nacional. Ao fazer isso, o parlamentar não apenas trai o seu próprio país, mas também escancara suas intenções pessoais e familiares, buscando reverter decisões que ameaçam os interesses de sua própria casa. O que está́ em jogo não é a defesa do povo brasileiro, mas uma tentativa de fortalecer um poder familiar à custa da democracia e da ética pública.
Eduardo Bolsonaro tem se destacado não por sua atuação em prol da sociedade, mas pela defesa intransigente de um projeto político autoritário e antidemocrático. Ao incitar a ação de forças estrangeiras contra o Brasil, o deputado não apenas quebra os princípios da diplomacia e da soberania nacional, mas também atenta contra a ordem constitucional que garante o funcionamento da democracia no país. Sua postura vai na contramão dos deveres éticos que qualquer parlamentar deveria cumprir: colocar o interesse público acima de qualquer interesse pessoal ou familiar.
A atitude de Eduardo Bolsonaro viola flagrantemente o Código de Ética e Decoro Parlamentar, que exige que os deputados ajam em respeito aos valores da democracia, defendam a soberania nacional e evitem o uso das prerrogativas parlamentares para fins próprios ou para prejudicar o Brasil. Ao invés de trabalhar para fortalecer as instituições do país e garantir que as leis sejam cumpridas, o deputado prefere promover a instabilidade e semear a discórdia, tudo em nome de interesses escusos que beneficiam sua própria família.
Essas ações não são apenas irresponsáveis; elas representam um grave ataque aos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito. A democracia brasileira, que vem sendo duramente conquistada ao longo dos anos, não pode ser fragilizada por manobras políticas que buscam deslegitimar as autoridades judiciárias e enfraquecer as instituições que mantém o país em ordem. Eduardo Bolsonaro, ao agir dessa forma, se coloca não como um defensor da população, mas como um agente da instabilidade e da subversão da democracia.
Não há justificativa para o comportamento de um parlamentar que, ao invés de representar seu povo, trabalha ativamente para enfraquecer as instituições que garantem a democracia no Brasil. O ataque à imagem do ministro Alexandre de Moraes e a busca por interferência estrangeira nas questões internas do país não são apenas violações legais, mas uma traição à confiança que o povo brasileiro depositou nos seus representantes. Esses ataques são uma ameaça direta ao funcionamento do Estado Democrático de Direito, e como tal, devem ser severamente combatidos.
A conduta de Eduardo Bolsonaro é um reflexo de um projeto autoritário que busca destruir as bases da nossa democracia. Ele não é o único responsável, mas sem dúvida, é um dos maiores agitadores de um movimento que visa enfraquecer a democracia e a justiça no Brasil. O seu comportamento deve ser questionado não apenas pela sociedade, mas também pelas instituições responsáveis pela manutenção da ordem legal no país.
