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A água que sai da sua torneira é mesmo segura?

Um levantamento do Ministério da Saúde revelou que, entre 2014 e 2023, mais de um terço (34%) dos 6.847 surtos registrados ocorreu em residências – número que supera em mais de duas vezes os casos registrados em restaurantes e padarias (14,6%).

Redação
07/04/2025 14h16 - Atualizado há 2 meses

Enquanto a população mantém a atenção voltada a restaurantes e estabelecimentos comerciais, os números mais recentes do Ministério da Saúde revelam um dado incômodo: a maior parte dos surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTHA) no Brasil acontece dentro de casa.

 

Um levantamento do Ministério da Saúde revelou que, entre 2014 e 2023, mais de um terço (34%) dos 6.847 surtos registrados ocorreu em residências – número que supera em mais de duas vezes os casos registrados em restaurantes e padarias (14,6%).

 

A informação desmonta uma crença popular: a de que o maior risco à saúde está ao comer fora. Na verdade, o ambiente doméstico também esconde perigos silenciosos que muitas vezes são ignorados. Um deles está no que se bebe. E não, não basta confiar no tratamento da companhia de saneamento.

 

“Mesmo quando falamos de regiões com abastecimento regular e tratamento municipal adequado, isso não significa que a água que chega ao copo está segura”, afirma Paula Eloize, mestre em segurança dos alimentos pela Universidade de Lisboa e referência nacional no tema.

 

“O que muitas pessoas esquecem é que o percurso da água até a torneira envolve caixas d'água mal higienizadas, encanamentos antigos ou com microfissuras e até instalações contaminadas dentro da própria residência”, acrescenta.

 

Segundo ela, não é incomum encontrar reservatórios com limo, restos de sujeira e até insetos mortos em vistorias domiciliares. “A água pode sair potável da estação, mas não chegar potável até o consumo. E é aí que mora o perigo. A caixa d'água precisa ser higienizada pelo menos a cada seis meses, com produto adequado e escovação manual das paredes internas. Sem isso, você está exposto a contaminações que não vê”, reforça Paula Eloize.

 

Microrganismos invisíveis, consequências visíveis

O consumo de água contaminada está diretamente associado a doenças como hepatite A, cólera, giardíase, febre tifóide e diversas infecções intestinais. Os sintomas mais comuns incluem náusea, vômitos, diarreia, febre e desidratação.

 

Em casos mais graves, especialmente entre crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas, pode haver necessidade de internação – o que gera também impacto direto nos cofres públicos.

 

Estima-se que o Brasil gaste anualmente mais de R$ 99 milhões com internações causadas por doenças de origem hídrica, segundo levantamento do DATASUS.

 

Além da água ingerida diretamente, há riscos associados ao preparo de alimentos. Paula Eloize alerta: “A água da torneira pode ser usada para cozinhar, sim – desde que seja fervida. A fervura mata bactérias e parasitas, o que já é um bom avanço. Mas não elimina metais pesados nem resolve problemas relacionados ao flúor, que é um benefício à saúde bucal e deve ser mantido”, completa.

 

Ela reforça também que os alimentos crus, como frutas e verduras, devem ser lavados com solução específica, e que não se deve confiar apenas no enxágue. “O maior erro é lavar com água da torneira e achar que está limpo. Quando falamos em segurança dos alimentos, a contaminação pode estar em detalhes”.

 

Cozinha limpa não é, necessariamente, cozinha segura

Paula Eloize também chama atenção para outro ponto sensível: a percepção equivocada de que um ambiente limpo é, automaticamente, um ambiente seguro. “Não basta estar visualmente limpo. A higienização precisa seguir critérios técnicos. Uma esponja suja, um pano úmido, uma tábua de carne com ranhuras ou mesmo o ato de manipular alimentos crus e, na sequência, mexer na salada, são práticas perigosas”, destaca a especialista.

 

Outro fator crítico é a temperatura dos alimentos. A chamada “zona de perigo” – entre 5ºC e 60ºC – é o intervalo onde bactérias se multiplicam rapidamente. “Muita gente deixa a comida esfriando em cima da pia por horas. Além disso, é preciso manter alimentos quentes acima de 60ºC e frios abaixo de 5ºC. Parece detalhe, mas pode fazer toda a diferença”, reforça Paula Eloize.

 

Do supermercado à mesa: a responsabilidade é sua

Para a especialista, a segurança dos alimentos não é exclusividade de restaurantes ou da indústria. “Ela começa no supermercado, com escolhas seguras. Continua na forma como armazenamos os produtos em casa, e termina na manipulação correta dos alimentos. É uma cadeia de cuidados, e qualquer elo frágil pode colocar toda a família em risco”, afirma.

 

Por isso, as orientações são claras:

  • Limpe a caixa d'água a cada seis meses;
  • Evite utilizar água diretamente da torneira para consumo sem fervura ou filtragem adequada;
  • Verifique o estado do encanamento da sua casa;
  • Não armazene alimentos prontos fora da geladeira por mais de duas horas;
  • Nunca reutilize tábuas, facas e panos sem lavagem adequada;
  • Treine sua equipe doméstica e fale sobre riscos invisíveis com quem prepara a comida no dia a dia.

 

O maior risco pode estar onde você menos espera

Quando dados oficiais mostram que mais de um terço dos surtos alimentares acontecem em casa, a responsabilidade pela saúde da sua família ganha nova dimensão.

 

“Não basta fiscalizar restaurantes”, conclui Paula Eloize. “É preciso informar, educar e empoderar a população para que cada cozinha seja um espaço de cuidado – e não de risco”.


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